Militar Transgênero Supera Desafios na Força Armada

Militar Transgênero Supera Desafios na Força Armada

Superando Desafios: A Jornada de uma Militar Transgênero na Força Armada

Sgt. Cathrine Schmid, uma Conselheira de Igualdade de Oportunidades e Analista de Inteligência de Sinais da 704ª Brigada de Inteligência Militar em Fort Meade, compartilha sua história inspiradora de como ela enfrentou a disforia de gênero e encontrou apoio na comunidade LGBTQIA+ militar para seguir sua carreira com sucesso.

Descobrindo a Identidade Transgênero

Desde a infância, Cathrine Schmid se sentia desconfortável com sua identidade de gênero. Ela relembra que, desde os seis ou sete anos, desejava ser uma menina como suas irmãs. Embora isso a fizesse se sentir como um “estereótipo ambulante”, ela sabia que algo estava errado e que se sentiria melhor se fosse mais parecida com suas irmãs.

Criada em um ambiente religioso e tradicional, Cathrine tentou lidar com sua disforia de gênero através da dedicação ao serviço militar, algo muito valorizado em sua família. Ela ingressou no Exército, mas continuava lutando internamente com seus sentimentos.

Enfrentando Desafios e Encontrando Apoio

Nos primeiros anos de serviço, Cathrine enfrentou dificuldades. Sua disforia de gênero não diagnosticada foi tratada como um distúrbio depressivo, o que não resolveu o problema. Após uma breve internação hospitalar devido a ideações suicidas, ela finalmente se abriu sobre sua identidade de gênero com um médico, que a questionou sobre a possibilidade de ser transgênero.

Cathrine relata que, na época, a resposta foi “não”, pois ela temia perder tudo. No entanto, durante uma implantação no Iraque em 2013, ela finalmente se reconheceu como transgênero e compartilhou essa informação com sua ex-esposa, o que resultou no fim de seu casamento.

Após essa revelação, Cathrine enfrentou uma batalha para manter sua carreira militar. Ela se abriu para sua cadeia de comando, que decidiu retê-la, apesar de algumas resistências internas. Nos anos seguintes, Cathrine encontrou apoio na comunidade LGBTQIA+ militar, incluindo a organização SPARTA, e conseguiu concluir sua transição médica em 2018.

Superando Ameaças e Construindo uma Carreira de Sucesso

Em 2017, Cathrine enfrentou uma nova ameaça quando o então presidente dos Estados Unidos anunciou, via Twitter, uma política que baniria o serviço militar de pessoas transgênero. Ela se juntou a uma ação judicial liderada pela organização Lambda Legal, que conseguiu enfraquecer, mas não revogar completamente, essa proibição.

Apesar dos desafios, Cathrine continuou a servir com excelência, sendo reconhecida com um prêmio de Igualdade de Oportunidades do Exército. Ela destaca a importância do apoio da comunidade LGBTQIA+ e de líderes militares dispostos a defender seus soldados, mesmo que isso signifique colocar suas próprias carreiras em risco.

Conclusão

A história de Cathrine Schmid é um exemplo inspirador de como a determinação, a resiliência e o apoio da comunidade podem ajudar a superar obstáculos e alcançar o sucesso, mesmo em ambientes tradicionalmente desafiadores para pessoas transgênero. Sua jornada mostra que, quando alguém é um benefício para a missão, nada mais importa, e que a aceitação e o apoio podem fazer toda a diferença.

Referência: “I’m transgender and have been in the military for over a decade. This is my story.”

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