Restrições Persistem para os Aviões Osprey Após Acidente Fatal

Restrições Persistem para os Aviões Osprey Após Acidente Fatal

Após um trágico acidente que matou oito militares no Japão no final do ano passado, os aviões V-22 Osprey da Força Aérea, Corpo de Fuzileiros Navais e Marinha dos Estados Unidos foram autorizados a voar novamente no início de março. No entanto, meses após a suspensão do voo ter sido levantada, ainda existem restrições significativas que limitam a capacidade de operação dessas aeronaves.

Restrições de Voo Impostas aos Ospreys

De acordo com informações obtidas pela Military.com, os serviços militares estão proibidos de voar com os controversos aviões de rotores basculantes a mais de 30 minutos de distância de um aeródromo adequado para desvio, caso algo dê errado. Essa restrição foi imposta pelo Escritório do Programa Conjunto V-22, que é parte do Comando de Sistemas Aéreos Navais.

Essa limitação tem feito com que alguns serviços, como a Marinha, continuem dependendo de outras aeronaves para realizar tarefas que os Ospreys teriam assumido. A Marinha, por exemplo, tem recorrido à sua frota envelhecida de aviões C-2A Greyhound para suprir essa lacuna.

Esforços para Retomar as Operações Plenas

Apesar das restrições, os serviços militares estão trabalhando para retomar as operações completas dos Ospreys. O Corpo de Fuzileiros Navais informou que está implementando um plano deliberado em três fases, com foco em recuperar a proficiência básica de voo, reconstruir o quadro de instrutores e alcançar proficiência em treinamento básico e essencial para pilotos e tripulação.

A Força Aérea também está seguindo as orientações do Escritório do Programa Conjunto V-22 para seus planos de retorno aos voos, embora não tenha fornecido detalhes adicionais sobre as restrições atuais de voo.

Melhorias e Atualizações no Horizonte

Apesar das limitações, os responsáveis pelo programa do Osprey afirmam que a aeronave ainda tem muito a oferecer. Estão em andamento esforços para substituir componentes envelhecidos na cabine de pilotagem e testar soluções para um problema mecânico recorrente, conhecido como “acoplamento rígido do embreagem”, que contribuiu para um acidente fatal em 2022.

O Escritório do Programa Conjunto V-22 espera que essas melhorias mantenham os Ospreys voando até pelo menos 2055 e além. Com uma frota de aproximadamente 350 aeronaves, a maioria operada pelo Corpo de Fuzileiros Navais, os Ospreys continuarão desempenhando um papel crucial nas operações militares dos Estados Unidos.

Referências

Air Force, Marine Corps, and Navy V-22 Ospreys were all given the green light to fly again in early March and have been slowly taking to the skies following a tragic crash that killed eight airmen late last year in Japan. Business Insider